sexta-feira, 22 de junho de 2012

Diário de Viagem - Paracas


Assim que soubemos que viríamos morar aqui no Peru eu e o marido compramos um guia do País, para começarmos a aprender um pouquinho mais do lugar em que passaríamos os próximos 2 ou 3 anos das nossas vidas! 

Começamos a "estudar" o guia com cuidado e ficamos surpresos com a quantidade de lugares que teríamos para visitar! Lugares super diferentes, pois por aqui tem de tudo: praia, selva, montanha, lagos, sítios arqueológicos dos mais diversos períodos da história... ou seja, muita coisa além do roteiro básico, que todo mundo conhece (leia-se: Cusco e Machu Picchu).

Ok... a gente era meio ignorante sobre o que havia no Peru, mas eu acho que a maioria das pessoas realmente não tem ideia de quanta paisagem diferente tem por aqui!

É bem verdade que nós temos viajado muito menos do que gostaríamos, porque o negócio aqui tá puxado... mas, enfim... os lugares estão aí e a gente precisa se programar melhor para conhecermos tudo que queremos!

No ano passado, quando recebi a visita dos meus pais, aproveitando que eles ficariam 10 dias aqui em casa - e que não tem taaaanta coisa assim para fazer em Lima (a cidade é legal, mas não sei se tem programa suficiente para férias de 10 dias!) - resolvi passar 3 dias em Paracas. É um lugar perto de Lima (cerca de 240 kms ao sul), e que a gente poderia ir de carro, além de ficar à beira de uma baía (e, naquele momento - era agosto/setembro - eu já não aguentava mais ficar sem sol... pensei que indo pra lá talvez tivéssemos sorte de encontrar com ele! Rs...).

A estrada é sossegada - até porque, nós saímos de Lima numa terça-feira, feriado, na hora do almoço, então não pegamos trânsito nenhum, nem na cidade, nem na estrada, claro! Mas parece cenário do "Lawrence da Arábia". É impressionante. A estrada (Panamericana Sur) vai pela beira do mar, e é surreal: de um lado aquele monte de água e do outro só areia. Parece que você tá mesmo no meio do deserto. Meu pai comentou que parecia o Egito (ele esteve por lá há um tempo atrás). Areia pra tudo que é lado!

De vez em quando a gente passa por uns casebres que parecem abandonados no meio da estrada... parecem cidades fantasmas... De vez em nunca a gente cruzava umas plantações... E as cidades que cruzamos, por sua vez, são muito simples, uma pobreza que chega a deixar a gente triste... (essa é a mesma estrada que se pega para checar à Chinca Alta, que eu comentei em outro post aqui no Blog).






Contrariando as regras gerais de hospedagem daqui do Peru (tem super pouco hotel bacanudo por aqui, e a maioria em Lima e Cusco), Paracas tem dois hotéis bem legais! O Libertador e o Hilton Paracas, onde nós ficamos. O Hotel é mesmo na beira da Baía de Paracas, nosso quarto tinha vista pra água, e embora não tenha feito o sol que esperávamos, deu pra aproveitar pra descansar bastante, devorar nossos livros, fazer umas massagens, tomar uns piscos, comer muito bem e aproveitar uma paisagem bonita... enfim, foi bacana!




São Pedro aprontou com a gente e o sol só saía na hora de se pôr.... além, é claro, de ter saído, resplandescente, no dia que viemos embora! Mas, enfim, deu pra curtir! (afinal, férias é bom até quando o tempo não ajuda!)


Dia da partida, claro!


Em Paracas há um reserva natural que protege diversas aves marinas residentes e migratórias, mas a gente não foi conhecer (meu pai estava mais interessado na parte do descanso, nas férias dele! Rs...). Por isso, várias aves aparecem na Baía, e no próprio hotel, - se refrescam na piscina, durante o dia todo. Com isso dá até para ver as aves atacando os cardumes de peixes, quando eles aparecem.










Antes de chegar em Paracas, na estrada mesmo, há entrada para Pisco, que é uma cidade minúscula, mas você pode parar para conhecer as bodegas e degustar pisco, que é a bebida típica daqui. Paracas também é caminho para Nazca (dá até para fazer um bate e volta para conhecer, se você preferir ficar hospedado num hotel bacanudo como o nosso - são 180 kms até Nazca, saindo de Paracas).

Prometo que da próxima vez que a gente viajar eu não demoro tanto para fazer um post! 

Beijos,
Tila.

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