sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Chega logo 2013!!



Pois é, mais um ano chegando ao fim... hora daquele balanço de fim de ano, e de desejar que o ano que vem seja melhor (ou, para alguns, tão bom quanto o ano que passou)! Clichê? Piegas? Pode ser, mas eu acho muito bom fazer um balanço do que a gente viveu, aprendeu, inclusive para reforçar nossas esperanças e expectativas para o ano seguinte! E pra quem curte o fim do ano como eu curto, esse "ritual" faz parte... assim como as rabanadas!! :)

Nesse ano quase não consigo escrever minha mensagem de fim de ano, na qual eu também desejo "Feliz Natal", antes do bom Velhinho chegar! Correria... vida atribulada - e nem é só por conta do trabalho, ou da correria de fim de ano... O ano foi pesado... às vezes arrastado... e eu fui ficando cansada... A vantagem de estar acabando, é que quando inventaram de repartir o tempo em pedacinhos, e começou essa história de "Ano Novo", veio também a possibilidade de renovação das esperanças, dos objetivos, e da vontade de melhorar!

Claro que a gente não deve se limitar a ter novas esperanças só no Ano Novo... Aliás, durante 2012 as minhas esperanças precisaram ser renovadas muitas e muitas vezes... E eu acho até que consegui um bom resultado. As pedras no meio do caminho continuaram aparecendo, às vezes num tamanho maior do que eu imaginava que elas apareceriam... Mas vieram, e o importante é que eu consegui passar por elas. A cada uma, depois de uma certa luta, novas esperanças apareciam, até para que a jornada se tornasse mais tranquila, e a vontade de chegar nos objetivos fosse cada vez mais forte!

No fim das contas acabei fazendo vários balanços no meio do caminho... e esse aqui poderia até parecer meio sem razão de ser, meio sem relevância, diante de tantos outros que foram feitos ao longo de 2012. Mas, na verdade, acho que o balanço do final do ano, nesse ano - ao menos para mim - significa que eu consegui passar por tanta coisa, superar tanta coisa, que, no mínimo, me tornei alguém mais forte. 

E essa força, na verdade, é que me faz acreditar que 2013 será um ano melhor. Senão pela diminuição dos tropeços, pedregulhos e desvios, ao menos porque, quando vierem, eu já não sou mais a mesma. Estou mais forte!

De qualquer forma, como a gente sempre pede (ou torce) para alguma coisa boa vir no ano novo, o que eu quero para 2013 é: saúde e paciência. Só isso. Ou tudo isso. Mas, sinceramente, depois do que foi 2012, eu mereço!! Rs...

E assim, estes são também os meus votos para todos, em 2013! Saúde e paciência para todos nós! E que, com isso, o Ano Novo seja melhor, e nos traga mais sorrisos, alegrias e muita felicidade!

Um Natal cheio de amor, cercado das pessoas que amamos, e um Ano Novo melhor! Para todos!

Beijos,
Tila.

domingo, 9 de dezembro de 2012

O milagre do vinagre

Precisei ficar fora da minha casota durante (muito) mais tempo do que eu imaginava... Parti para o Brasil no final de agosto, para passar meu aniversário, e só voltei para Lima no meio de novembro... por circunstâncias alheias à minha vontade, foram quase 3 meses longe de casa, rezando para que ela estivesse de pé quando eu voltasse...


De pé ela estava, mas...


Um dos maiores problemas que se enfrenta em Lima, no quesito "casa" é a questão da umidade. Se em Brasília eu precisava de um umidificador de ambiente, para aguentar a secura dos meses de agosto e setembro... em Lima eu tive de comprar um desumidificador! Maravilhas da vida intinerante que diplomatas e respectivos levam...

Bom... embora eu tenha ajuda para cuidar da casa, não posso dizer que ela cuida da casa "como se fosse sua"... e, sendo assim, depois de quase 3 meses fora, encontrei alguns probleminhas que me deixaram um tanto quanto aborrecida!

Em primeiro lugar, parece que dos 3 meses que eu fiquei fora, ela só resolveu limpar a casa na semana da minha volta e, claro, não estava nem perto de estar limpa... Não fosse ter de passar uma semana fazendo listas e listas de coisas (que não foram feitas na minha ausência) que precisavam ser feitar urgentemente - algo como limpar os livros que ficam na estante, e não só a estante! - tive de me preocupar com o mofo que estava dominando a Maison Bauer.

Mofo é um dos meus maiores problemas em Lima. Já fiz apelos desesperados às minhas amigas para descobrir o que fazer para acabar com ele... Porque o mofo dominou meus sapatos, minhas bolsas, meus cintos, minhas calças, meus casacos, as gravatas do marido, os casacos do marido... enfim... tá tudo dominado!!

Depois de um tempo eu percebi que os sapatos, cintos e bolsas que eu limpava, ficavam novamente dominados pelo mofo, depois de um tempo... ou seja, o bicho volta! Você acha que se livrou, e um tempo depois ele tá lá! Firme e forte!

Além disso, dá mofo no banheiro todo... nas paredes, no teto... fala sério!

Para ilustrar direito a questão da umidade: no inverno as toalhas têm de ser colocadas todos os dias na secadora de roupas, senão, quando a gente vai usar no dia seguinte (24 hs depois!) elas ainda estão molhadas!! Sacou o drama?!

Na minha volta para casa liguei o desumidificador no meu closet por uma noite. Tirei, nessa única noite, quase 3 litros de água! Na noite seguinte, mais 3 litros!

Bom... 3 meses fora... o marido fora de casa o dia todo... o closet trancado, sendo aberto só de manhã e de noite para ele trocar de roupa... dá pra imaginar o tamanho da desgraça, né? E não eram só as roupas... o ambiente tava cheirando a mofo!! Eca!

Passei uma semana tirando coisa mofada de dentro do closet pra limpar/lavar!! Sem contar o banheiro - porque, claro que a pessoa que trabalha na minha casa acha que só precisa limpar as coisas quando eu peço pra limpar... não basta VER que estão sujas... eu tenho de pedir pra limpar... e, como eu fiquei 3 meses fora, não tinha ninguém pra pedir pra limpar... logo... Desgraça total!

Desde que eu comecei essa cruzada contra os fungos malignos tentei diversas receitas caseiras para tentar me livrar do problema. E a única coisa que tem dado resultado é o vinagre.

Uso vinagre pra limpar os sapatos, bolsas e cintos (de couro)... uso pra lavar as roupas que ficam manchadas (vinagre junto com água fervente para deixar de molho)... uso vinagre nas paredes e no teto do banheiro!!

Parece que o vinagre tem alguma propriedade que, senão impede, faz com que o mofo demore mais a voltar, nas mesmas peças...

Claro que tem um inconveniente: quando usado em demasia você troca o cheiro de mofo pelo cheiro de vinagre... que também não é lá muito agradável... Vai ver é o cheiro do vinagre que impede o retorno do mofo maligno... sei lá!

Sendo assim, passei 15 dias em Lima... dois deles convivendo com o cheiro de mofo - até achar tudo que tava cheirando mal, e arejar o closet e os armários do banheiro - e os demais convivendo com o cheiro de vinagre...

Aff... ninguém merece!! Só espero que depois das Festas, quando voltar pra Lima novamente, o mofo tenha tirado umas férias de verão e não volte tão cedo a atazanar minha vida!

Beijos!
Tila.

PS: quem tiver alguma receita boa, e menos fedorenta, para me ajudar no combate ao mofo, por favor, manifeste-se!!

terça-feira, 31 de julho de 2012

Minhas Listas: Livros - jan/jun de 2012




Acabou mais um semestre e, embora seja clichê, o comentário é: nossa... passou voando! Rs... Mas a ideia desse post não é ficar divagando sobre a velocidade com que os dias têm passado, mas sim fazer mais uma lista dos livros lidos no semestre!! Quem sabe alguém se inspira e escolhe o próximo livro pra ler?!

Então vamos aos devorados nesse semestre!

  • Marina - comecei o ano com um livro do Carlos Ruiz Zafón, de quem eu já li o apaixonante "A sombra do vento", e o não tão bom "O jogo do Anjo" (talvez minhas expectativas estivessem um pouco altas, já que eu tinha amado o primeiro). Esse terceiro que li não bate o primeiro - que é um dos meus livros preferidos - e tem uma história um tanto surrealista... Mas, se você já leu Zafón e gostou, é um bom divertimento. Se ainda não leu, vá direto no "A sombra do vento", que é ótimo!!

  • Em algum lugar do paraíso - um livro que eu dei de presente de Natal para minha avó e, aproveitando que ela estava lá em casa (em SP), até depois do ano novo, surrupiei para ler antes de voltar para Lima. É Luís Fernando Veríssimo em sua pura forma. Eu gosto muito dele! O texto é leve, divertido, e vale a pena quando a gente tá a fim de ler alguma coisa bem descompromissada, só para dar umas boas risadas

  • O Cordeiro - outro que eu peguei emprestado com a minha avó, que por sua vez tinha pegado da minha prima... Divertidíssimo! Conta a história de Jesus, pelos olhos de seu melhor amigo de infância (Biff... que o acompanha por toda vida) com muito, mas muito humor! Aliás, o nome "completo" do livro é "O Cordeiro, o evangelho segundo Biff o brother de infância de Cristo". Não recomendo pra quem é muito religioso porque pode se sentir meio ofendido com as piadas e situações. Fato é: adorei, dei muita risada, e quero ler outros do mesmo autor (Christopher Moore)!

  • O buraco da agulha - clássico dos livros de espionagem (Ken Follet é conhecidíssimo nesse gênero), já foi adaptado para o cinema (mais de uma vez, se não me engano...). Eu gosto de livros de espionagem, policiais, etc... não acredito naquela bobagem de que seja um gênero menor. Se o livro é bem escrito você não quer parar de ler, especialmente quando é um livro de espionagem! Vale a pena!

  • The Help - comprei esse livro sem ter a menor ideia da história. Uma amiga me encomendou um livro quando estive em Londres (em 2010!), e na livraria rolava aquela promoção de que se você levasse 03 livros um deles seria de graça... como eu sou compulsiva por livros, não consigo resistir a estes golpes baixos. Detalhe: os três livros que eu trouxe eram enormes!! Rs... Nesse ano estreou o filme inspirado neste livro e, por isso, ele finalmente saiu da estante. Embora seja grande, devorei. Muito bom! O livro de passa nos anos 60 e conta a história de negras que trabalham nas casas de famílias brancas em Jackson, Mississipi. A ideia das empregadas contando a história é sensacional e o livro é ótimo! Tive uma certa dificuldade no início, pois ele é escrito da forma como as narradoras falam, ou seja, com todas as gírias e erros cometidos por  quem vivia nos anos 60, no sul dos EUA. E eu estava lendo em inglês... Mas depois do segundo capitulo você já pega o jeito! O filme é bom, mas o livro é ainda melhor!

  • Os cadernos de Don Rigoberto - mais um do Vargas Llosa, ainda daqueles que eu comprei num sebo em Brasília quando soube que vinha pra cá! O livro não é o melhor, mas também não é o dos que eu menos gostei (em determinados momentos ele fica meio apelativo, e sempre tem aquela história de amor exagerado que o autor curte bastante). Quer dizer, acho que pela minha definição, ninguém vai querer ler!! Risos... acho que eu preciso de um tempo sem ler Vargas Llosa, ou escolher algum livro que a temática não seja relações amorosas conturbadas - embora pareça que este é o tema que ele mais gosta! De todo modo, é um interessante retrato da sociedade peruana que, afinal, não parece ter mudado muito nas últimas décadas.

  • Everyone worth knowing - comprei esse livro porque ele é da mesma autora de "O diabo veste Prada" (e eu adorei o filme!). Estava numa época que precisava de alguma coisa leve e divertida para ler. Uma amiga estava lendo esse, disse que era bacana, e como eu já tinha lido "À caça de Harry Winston", da mesma autora, e tinha curtido, resolvi baixar esse no kindle! Também li super rápido. É do estilo de leitura de Bridget Jones - você sabe que a história é bobinha, mas não consegue largar o livro! Livro de mulherzinha, mesmo! Que faz um bem danado quando a gente tá a fim de ler algo mais levinho e divertido!

  • A chave de Sarah - também virou filme, mas esse eu não consegui ver. Comprei há algum tempo, em pocket, numa livraria no aeroporto. A história é pesada, triste, pois trata  do Holocausto... mas o livro é muito bom! Adorei! Candidato a melhores do semestre. Vale muito a pena!

  • O Clube das Chocólatras - depois de um livro pesado, precisava dar uma balanceada. Esse aqui é bobinho,e se encaixa também nessa categoria de leitura que é de "livros de mulherzinha". Os outros dois acima mencionados são mais legais. Mas pra quem se delicia lendo sobre chocolate, esse tem esse "plus"... Risos...

  • Confie em mim - eu nem me lembro quando comprei esse livro, mas depois de lê-lo fui dar uma pesquisada sobre o autor e vi que ele tem vários livros publicados no Brasil e todos bem em conta! Coisa rara. O livro tem uma história daquelas que vai se  entrelaçando com outras, com um certo suspense, envolve um drama familiar... Achei interessante - embora tenha achado a diagramação um pouco esquisita. Definitivamente quero ler mais coisas do autor.

  • O turista acidental - é o livro que inspirou o filme (com a Geena Davis e William Hurt). Se eu vi o filme, não me lembrava. Agora que li o livro quero (re)vê-lo. Achei o livro um pouco cansativo... não sei se porque no meio dele eu queria espancar o protagonista, dar um sacode do tipo "acorda! vai viver sua vida!"...  Mas o fato é que no começo eu pensei em desistir... Depois ele fica melhor, talvez eu tenha percebido melhor o caráter do personagem. Acho que valeu a pena ter insistido.

  • A primeira mulher - escolhi esse livro porque eu realmente acho que preciso começar a ler mais autores brasileiros, inclusive da nova geração. Sempre tenho a sensação de que estou perdendo coisas bacanas, mas ao mesmo tempo, tenho uma dificuldade imensa em escolher algum! Achei esse livro é bom, pois me deu uma sensação de certo conforto ler uma história num cenário conhecido... tem uma cena em que ele descreve um almoço que prepara junto com a mãe e me deu uma saudade da minha casa, dos almoços que eu preparo com a minha mãe! Risos... toda a atmosfera, os comentários, os ingredientes... claro que também tem o lado ruim - cenas de violência e de pobreza que também são típicas das cidades grandes brasileiras... Não sei... foi interessante a experiência. Não sei tanto pela história (interessante, mas não arrebatadora), ou pelo conforto que me deu. Definitivamente preciso escolher outros autores brasileiros. Aliás, se alguém tiver alguma sugestão, estou aceitando! ;)

  • Arranca-me a vida - é um livro interessante, mas triste, pois retrata a sociedade mexicana machista em que vive a personagem principal, e as dificuldades que as mulheres (não conformadas) enfrentavam por viver num mundo em que elas não tinham praticamente nenhum valor. Parece que tem um filme, mas não sei se entrou em circuito no Brasil.

  • O dossiê Odessa - outro livro de espionagem, esse do Frederick Forsythe. Também  é um clássico! Muito bom! Já foi adaptado para o cinema, mas ainda não assisti. De toda forma, prefiro, sempre, ler o livro antes do filme!

  • Mil dias na Toscana - já havia lido "Mil dias em Veneza" e "Um certo verão na Sicília", ambos da mesma autora e, por isso, me interessei. Eu gosto do jeito que ela escreve - bem mais leve que a Francis Mayes, que também escreve livros sobre a mesma temática. Depois de viver em Veneza ela se muda para uma cidadezinha na Toscana e aqui descreve a vida diferente que vem levando. Embora não acredito que seja tão difícil se adaptar à viver na Toscana, ela tem lá seus problemas e conflitos... mas o que achei mais interessante é a relação que ela desenvolve com as pessoas que vivem por lá. Interessante notar que o lugar em que você vive influencia na sua maneira de viver, em quem você é. Gostei.

  • La casa de los espíritus - acho que esse é o primeiro livro da Isabel Allende que leio em espanhol. Achei que seria difícil - porque o livro é bem grande - mas não foi! A leitura flui de forma tranquila! E o livro se torna um daqueles que você não quer largar mais! O livro também tem muito mais histórias que o filme, e se prolonga por muitos anos mais além dos retratados no filme (que, por sinal, eu tinha visto há tanto tempo que já nem me lembrava de vários detalhes!). Recomendo a leitura!

  • O garoto do convés - gostei muito dos dois outros dois livros deste autor (Jonh Boyne): "O menino do pijama listrado" e "O palácio de inverno". O mais interessante é que são livros de temática totalmente distintas e, a meu ver, o que os une é o trabalho de pesquisa histórica que o autor fez para construir a história e o cenário em que se passam os livros. Mesma característica está presente neste terceiro livro que li. Gostei bastante! Super interessante, embora o tema de navegações jamais tenha me chamado a atenção. Recomendo. Aliás, todos os três dele! ;)

  • As correções - no começo do livro eu achava que não ia aguentar até o final. O livro é enorme, e não via jeito de engatar a leitura... Sinceramente, tenho uma certa resistência com autores americanos - embora eu adore e leia tudo do Paul Auster e de alguns outros. Tenho sempre receio de arriscar ler um autor americano sobre o qual nunca ouvi falar. Esse livro eu comprei porque na época tinha lido reportagens recomendando o autor (Jonathan Franzen - que, aliás, esteve na FLIP esse fim de semana!). Comprei esse e mais outro, de uma vez. Super corajosa! Risos... e me dei super bem!! Depois de umas 50 páginas eu peguei o fio da meada. O livro é incrível! O autor tem uma ironia fina, um jeito divertido de criticar a sociedade americana (a história é a de uma família americana do meio oeste, onde os pais permanecem morando, mas cada filho foi morar num lugar diferente, e bem longe, justamente  tentando se afastar destas características sociais tão marcantes). Adorei! Candidato a melhor do semestre...

  • Caim - eu gosto de Saramago. E Saramago, ou você gosta, ou não gosta. Não tem meio termo. A escrita dele é muito diferente e, por isso, ou você acha incrível, ou acha difícil e chato pra caramba. Eu adoro! Talvez porque o primeiro livro que eu li dele foi "Ensaio sobre a cegueira"que, na minha opinião, é genial. Sendo assim, se você ainda não leu nada dele, sugiro que comece por esse. Nesse livro aqui ("Caim") o autor propõe uma vida totalmente diferente para o próprio, depois do assassinato do irmão. É interessante. Irônico. Eu gostei. (e olha que, embora eu goste de Saramago, não gostei de todos os seus livros... "O evangelho segundo Jesus Cristo", por exemplo, ainda não consegui ler... e também não gostei muito de "Ensaios sobre a Lucidez" , talvez porque tenha gostado tanto do "Ensaio sobre a cegueira").

  • Liberdade - esse é aquele do  Jonathan Franzen que eu tinha comprado junto com "As correções". Gostei mais de "As correções", embora esse aqui também seja muito bom! Conta a história de uma adolescente confusa, que vem de uma família desfuncional, e cria outra, no mesmo gênero. Ela vive às voltas com um amor e uma paixão e a vida dela vira uma confusão de sentimentos, por conta disso - tem uma hora (ou várias) que você quer sacudir a mulher para ver se ela acorda e resolve o que quer da vida! Gostei! Não vejo a hora de ler mais coisas dele!

  • Um encontro inesperado - romance daqueles bem água com açúcar da Rosemunde Pilcher (de quem li o ótimo "Os catadores de conchas"), mas que, pelo para mim, são sempre muito bem vindos (e, às vezes, necessários). Depois de ler livros tão irônicos (até cínicos), eu estava precisando de uma dose de romance. Claro que, se você quiser um romance de verdade, recomendo "Os catadores de conchas". Mas, se quiser algo para ler em um dia ou dois, esse aqui é a pedida.

  • O fim do verão - outro da Rosemunde Pilcher, que veio na mesma edição do anterior (uma edição da Saraiva, salvo engano, que você leva dois livros em um). Mesmo estilo, romance água com açúcar para se ler de uma só vez (os dois são bem curtinhos, parecem até um conto). Esse aqui eu li no último dia que fui na praia aqui em Lima, ou seja, bem apropriado! Rs...

  • O fio das miçangas - não sei se é porque eu criei a maior expectativa em torno do Mia Couto (o autor), ou se é porque eu não estava suficientemente inspirada... mas eu não achei tão super legal como esperava. Tenho outro dele na estante, quem sabe não vira amor à segunda vista? 

  • O homem que odiava segunda-feira - procurei um livro do Ignácio Loyola de Brandão para ler porque adoro suas colunas no Estadão. Acho uma delícia o jeito leve que ele escreve. Quase poético. Mas me decepcionei com o livro. Não sei se a temática não ajudou... mas achei super confuso, superficial, meio sem nexo. Comprei outro dele para ver se mudo a impressão, mas esse daqui, definitivamente, não recomendo.

  • Três semanas em Paris - esse livro estava sobre minha mesa quando cheguei em casa, numa das minhas idas a São Paulo. Não sei se minha mãe colocou ali de propósito depois de lê-lo, mas sei que peguei na primeira noite para começar a ler - a temática me interessa, sempre! Rs... É um livro divertido, sobre a história de 04 amigas que se encontram quando jovens em um curso de artes em Paris, mas brigam ao final do curso e não voltam a se falar até receberem um convite para a festa de aniversário de 80 anos da professora que lhes deu aula. A história da amizade e do conflito, bem como de como é a vida delas depois de tanto tempo, é a história do livro. Leve, fácil, bom para se ler durante uma viagem!

  • Uma noite do Chatêau Marmont - outro da autora de "O diabo veste Prada". Mesmo estilo de romance mulherzinha. Eu gosto!

  • Memórias de Maigret - adoro os livros do Maigret! São histórias policiais leves, estilo Agatha Christie... gosto mesmo! Mas esse aqui não é tão legal. A história retrata o interesse de um jornalista em escrever livros de detetive, usando o inspetor Maigret como modelo. Como o autor dos livros dele teria se inspirado para escrever os livros... não é tão interessante. Os livros com as histórias e mistérios desvendados por ele são bem melhores!

  • A língua dos pássaros - é bom, mas é triste. Conta história de um menino de 11 anos, imigrante da África, vivendo nos subúrbios de Londres. Eu gostei bastante, mas é um livro daqueles que te dá uma tristeza ver que há crianças tão inocentes que vivem numa realidade tão dura (e muitas delas se perdem para sempre nessa realidade).

  • The sweet life in Paris - o livro conta a história da ida/chegada do autor (David Lebovitz) em Paris, suas descobertas e adaptação à vida em uma cidade tão diferente de onde ele veio (ele é americano e trabalhava em um restaurante super conhecido em São Francisco). São experiências divertidas, envolvendo eventos gastronômicos, sociais,    pessoais, e as dificuldades de adaptação, no dia a dia, a uma vida completamente diferente da que ele vivia antes de ir para lá! Ainda vem recheado de receitas apetitosas. Adorei! Achei super divertido! Virei até assinante do blog dele! ;)

  • O dia do curinga - esse eu peguei emprestado com uma amiga, quando estávamos falando sobre "O mundo de Sofia" (do mesmo autor). Eu comentei que era um livro que há muito tempo eu queria ler, especialmente porque trata de filosofia, assunto que eu sempre achei chato demais! Não sou masoquista, só queria ver se eu mudava de ideia! Rs... Ela me emprestou os dois, do mesmo autor, para que eu pudesse matar minha curiosidade. Como ela disse que gostou mais desse aqui, foi o que eu li primeiro. É interessante, a leitura é, no geral, tranquila - tem momentos em que eu acho que o livro dá uma "barrigada"... a viagem fica meio inexplicável demais... mas ok. Mas, ainda não tive coragem de começar "O mundo de Sofia"... 

  • Toutes ses choses q'on n'est pas dites - eu adooooro Marc Levy. Já li (ou comprei) praticamente tudo dele. Acho os livros super gostosos de ler, a maioria eu não consigo largar... acabo indo dormir de madrugada porque fico vidrada na leitura. Esse aqui também é muito bom (embora não seja o melhor - o que eu mais gostei foi "Mes amis, mes amours", ou "Meus amigos, meus amores"). Conta a história de um pai, tentando fazer as pazes com a filha, diante de uma relação conturbada e difícil. Vale a pena a leitura (acho que em português foi traduzido como "As coisas que nunca dissemos").

  • O monge do andar de baixo - esse eu comprei numa promoção, sem saber muito bem do que se tratava. Coisa de viciada, mesmo... E não é que a história é legal?! Um romance leve, mas que é interessante pois mostra que podemos (devemos?) viver nossa vida com simplicidade. Geralmente, é o melhor caminho. Grata surpresa.

  • O legado da família Winshaw - outro que eu comprei por impulso. Achei a capa bem legal - parecendo jogo de detetive - e é isso mesmo que o livro é, no fim das contas. Com um humor irônico, tipicamente inglês, é um livro pesado (embora seu tom seja de humor - inglês...), pois trata bastante de temas políticos, mas é interessante. Não gostei dele o tempo todo, mas no geral, achei bacana.
E foram esses os livros lidos nesse semestre. O melhor deles? Vou escolher dois: "The help" e "As correções" (dois autores americanos!!). Mas a escolha está bastante difícil, pois também gostei bastante de "O garoto do convés", "A chave de Sarah", "La casa de los espíritus" e "The sweet life in Paris"... difícil demais escolher um livro depois de ler tanta coisa!! :)

Continuo com meu objetivo de ler um livro por semana, quem sabe eu consiga esse ano! 

Beijos e boas leituras!
Tila.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Istanbul Kebab House



Há muito tempo que eu procuro um restaurante de comida árabe para ir aqui em Lima. Já tinha ouvido um ou outro comentário sobre dois restaurantes que ficam até perto de onde eu moro - ambos em Miraflores, mas a cara dos dois é tão desanimadora que eu acabei nem indo...

Eu adoooro comida árabe! Mas acabo matando a vontade quando vou pra São Paulo, não só por conta dos ótimos restaurantes que eu conheço, mas porque pertinho do escritório onde eu trabalho é farta a oferta desse tipo de culinária!

Bom... aí hoje, que é feriado aqui em Lima, eu fui dar uma busca no monte de recortes de jornais que eu tenho, com indicações de restaurantes e encontrei um que falava de um restaurante de comida turca. A chamada não era nada apetitosa: "Comida rápida oriental em Lima"... fala sério que coisa mais sem graça! Mas dizia que o restaurante era bom e que oferecia variedades de kebabs... Resolvemos experimentar!

Grata surpresa!!

O lugar se chama Istanbul Kebab House e fica bem no centro de Barranco (Av. Grau, 310, Barranco), pertinho da Praça principal do bairro. Fica numa daquelas casotas bem velhas, espalhadas pelo bairro. Mas, na porte tem uma bandeirinha da Turquia, o que faz com que você identifique o lugar com mais facilidade (pra quem vai de carro, dá pra parar ali na Praça, em frente à igreja, ou nas ruazinhas ali perto).


Lá dentro o clima é bem bacana! Embora o lugar seja bem simples, e tenha uma daquelas máquinas típicas - e feias - de kebab na porta (!), é agradável! Toca música árabe o tempo todo, as paredes são cobertas de tapetes e véus, e há umas almofadas para quem quiser sentar e fumar narguilé ou tomar um café turco.









O cardápio não é enorme, mas é bem satisfatório. Há entradas típicas muito bacanas: tradicionais humus, babaganush, falafel, beringelas e espinafres temperados e servidos com molho de yogurte, saladas, e outras "especiais" em que vêm um pouquinho de cada coisa. Foi uma dessas que nós pedimos... deliciosa!! Com falafel, humus, babaganush, yougurte temperado e charutinho de folha de uva... huuummmm... só de lembrar dá água na boca!! Olha a fotinho!



De pratos principais há cerca de 6 opções de refeições no prato, dentre elas o tradicional kebab (4 opções), a kafta, e uma massa. Também há a opção dos kebabs "enrolados" em pão pita. Eu pedi um desse, de cordeiro, e o marido pediu o enrolado de falafel (havia ainda uma terceira opção, de frango). 






Sinceramente, achei o meu sanduíche (de carneiro) com o sabor um pouco forte  acabei trocando com o marido (ele achou muito bom!). O falafel, de fato, não é o melhor que eu já comi na vida, mas comparar com os que temos em São Paulo é covardia se considerarmos o tanto de árabes que moram por lá... Tava bem gostosinho e matou minha vontade! O charutinho, por sua vez, tava incrível! O humus e o babaganush muito bons e o molhinho de yogurte tava mara!! 

No final arrematamos com uns docinhos típicos: baclawa e kadaif (o primeiro bem melhor!).


O preço, como sempre, e outro atrativo. Pagamos mais ou menos R$ 56,00 pelo almoço (dos dois!), com o marido tomando uma cervejinha e eu tomando um refrigerante. Justíssimo, né? Taí mais uma dica para quem quiser peruar por aqui! ;)

Saí feliz da vida porque, finalmente, achei uma opção para comida árabe que eu tanto gosto! Gostei tanto que até já escolhi até o pedido para a próxima vez: vou provar a kafta e a beringela! Rs...

Beijos,
Tila.

domingo, 24 de junho de 2012

Irmão do meu Coração




O post de hoje eu escrevo em homenagem ao meu irmão.

Ter um irmão é um dos maiores presentes que nossos pais podem nos dar. Na verdade, acho que é o maior, mesmo! 

Irmão é aquele que vai ser seu companheiro a vida toda! Pai e mãe, infelizmente, em algum momento da caminhada nos acompanham só na alma... namorado, companheiro ou marido a gente pode perder... amigos podem ir e vir... um monte de gente vai passar pela nossa vida... mas o irmão vai ficar conosco desde o início até o fim!

O irmão é quem vai te ajudar a ser quem você é. Explico: pai e mãe te educam, mas é com o irmão que você vai se preparar, de verdade, para a vida. É uma aprendizado, digamos, “empírico”! 

É com ele que você entende que não pode ser egoísta, pois é com ele que você divide a atenção dos seus pais e os seus brinquedos. Com ele você aprende, também, que nem tudo que você quer na vida vem na hora que você quer, ou do jeito que você quer, porque você precisa esperar a vez do outro, respeitando o tempo do outro, para que aí chegue a sua vez.

Com ele entende o que é ter ciúmes. E aprende que não é um sentimento legal, que não vale a pena guardá-lo com você, afinal, quem te ama de verdade, vai te amar mesmo se  amar outras pessoas também. 

Com ele você aprende que quase tudo tem conserto. A gente só precisa se esforçar.

Com ele você entende o que é perdão, porque mesmo quando você briga com ele, depois de dez minutos, vocês já estão "de bem”. Você aprende a desculpar e, melhor, aprende a pedir desculpas.

Com ele você aprende o que é cumplicidade, pois vocês precisarão, muitas vezes, ajudar um e outro na hora dos mais diversos apuros - desde pequeno quando vocês aprontam juntos, até mais tarde, quando precisam se ajudar com todos os problemas que vão surgindo nas outras etapas da vida. 

E quantas vezes só com um olhar, sem precisar dizer nada, vocês já entendem tudo?

Com ele você aprende o que é franqueza, porque pra ele você fala tudo, sem precisar ficar com medo de tomar bronca, ou de ser criticado. O que ele te diz não é crítica, é conselho de quem te conhece como ninguém, às vezes até melhor do que você mesmo, pois ele te conhece desde que você sequer sonhava em ter problemas como esses.

Com ele você aprende que as memórias são preciosas, pois você se diverte lembrando das brincadeiras, das risadas, dos perrengues, dos micos, e de tudo de bom (e de não tão bom) que vocês viveram juntos, desde o começo!

Com ele você aprende o que é saudade, porque a pontada no peito é a mesma desde quando você entra no colégio, e sentia falta de passar o dia todo brincando junto, até quando você é mais velho e liga só pra dar um “oi”, e saber como andam as coisas.

Com o irmão você aprende o que é amor. Daqueles que têm até um nome próprio: Amor Fraternal. Daqueles que não acabam nunca!










Jonino, obrigada por ser o melhor irmão do mundo! :)

E parabéns, por ser a pessoa sensacional que você é, por ter o sorriso mais grandão e iluminado que eu já vi, por ser tão alegre e companheiro! Ah... e parabéns, também, pelos 32 aninhos de vida! ;)

Amo você bródi!

Beijos,
Tila.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Diário de Viagem - Paracas


Assim que soubemos que viríamos morar aqui no Peru eu e o marido compramos um guia do País, para começarmos a aprender um pouquinho mais do lugar em que passaríamos os próximos 2 ou 3 anos das nossas vidas! 

Começamos a "estudar" o guia com cuidado e ficamos surpresos com a quantidade de lugares que teríamos para visitar! Lugares super diferentes, pois por aqui tem de tudo: praia, selva, montanha, lagos, sítios arqueológicos dos mais diversos períodos da história... ou seja, muita coisa além do roteiro básico, que todo mundo conhece (leia-se: Cusco e Machu Picchu).

Ok... a gente era meio ignorante sobre o que havia no Peru, mas eu acho que a maioria das pessoas realmente não tem ideia de quanta paisagem diferente tem por aqui!

É bem verdade que nós temos viajado muito menos do que gostaríamos, porque o negócio aqui tá puxado... mas, enfim... os lugares estão aí e a gente precisa se programar melhor para conhecermos tudo que queremos!

No ano passado, quando recebi a visita dos meus pais, aproveitando que eles ficariam 10 dias aqui em casa - e que não tem taaaanta coisa assim para fazer em Lima (a cidade é legal, mas não sei se tem programa suficiente para férias de 10 dias!) - resolvi passar 3 dias em Paracas. É um lugar perto de Lima (cerca de 240 kms ao sul), e que a gente poderia ir de carro, além de ficar à beira de uma baía (e, naquele momento - era agosto/setembro - eu já não aguentava mais ficar sem sol... pensei que indo pra lá talvez tivéssemos sorte de encontrar com ele! Rs...).

A estrada é sossegada - até porque, nós saímos de Lima numa terça-feira, feriado, na hora do almoço, então não pegamos trânsito nenhum, nem na cidade, nem na estrada, claro! Mas parece cenário do "Lawrence da Arábia". É impressionante. A estrada (Panamericana Sur) vai pela beira do mar, e é surreal: de um lado aquele monte de água e do outro só areia. Parece que você tá mesmo no meio do deserto. Meu pai comentou que parecia o Egito (ele esteve por lá há um tempo atrás). Areia pra tudo que é lado!

De vez em quando a gente passa por uns casebres que parecem abandonados no meio da estrada... parecem cidades fantasmas... De vez em nunca a gente cruzava umas plantações... E as cidades que cruzamos, por sua vez, são muito simples, uma pobreza que chega a deixar a gente triste... (essa é a mesma estrada que se pega para checar à Chinca Alta, que eu comentei em outro post aqui no Blog).






Contrariando as regras gerais de hospedagem daqui do Peru (tem super pouco hotel bacanudo por aqui, e a maioria em Lima e Cusco), Paracas tem dois hotéis bem legais! O Libertador e o Hilton Paracas, onde nós ficamos. O Hotel é mesmo na beira da Baía de Paracas, nosso quarto tinha vista pra água, e embora não tenha feito o sol que esperávamos, deu pra aproveitar pra descansar bastante, devorar nossos livros, fazer umas massagens, tomar uns piscos, comer muito bem e aproveitar uma paisagem bonita... enfim, foi bacana!




São Pedro aprontou com a gente e o sol só saía na hora de se pôr.... além, é claro, de ter saído, resplandescente, no dia que viemos embora! Mas, enfim, deu pra curtir! (afinal, férias é bom até quando o tempo não ajuda!)


Dia da partida, claro!


Em Paracas há um reserva natural que protege diversas aves marinas residentes e migratórias, mas a gente não foi conhecer (meu pai estava mais interessado na parte do descanso, nas férias dele! Rs...). Por isso, várias aves aparecem na Baía, e no próprio hotel, - se refrescam na piscina, durante o dia todo. Com isso dá até para ver as aves atacando os cardumes de peixes, quando eles aparecem.










Antes de chegar em Paracas, na estrada mesmo, há entrada para Pisco, que é uma cidade minúscula, mas você pode parar para conhecer as bodegas e degustar pisco, que é a bebida típica daqui. Paracas também é caminho para Nazca (dá até para fazer um bate e volta para conhecer, se você preferir ficar hospedado num hotel bacanudo como o nosso - são 180 kms até Nazca, saindo de Paracas).

Prometo que da próxima vez que a gente viajar eu não demoro tanto para fazer um post! 

Beijos,
Tila.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Deli France

Depois de um longo período de W.O. - estive fora de Lima por mais de um mês - voltei! É engraçado, mas quando eu não estou por aqui não tenho muita inspiração para escrever... rs... Inspiração e tempo, pois quando estou no Brasil é uma correria sem tamanho!!

Mas, enfim... agora que estou de volta, vamos às novidades!

Hoje eu resolvi escrever sobre um restaurante delicioso que tem por aqui! Eu sei que "restaurante delicioso", em Lima é quase um pleonasmo, mas essa dica é diferente: o restô é francês!

A Deli France é uma delicatessen que vende produtos com inspiração francesa. Tem diversas terrines, rillettes, queijos, quiches, pães (inclusive brioches e pain au chocolat!), bebidas, sobremesas.... Tudo delicioso!!

Agora, além da delicatessen os donos abriram um restaurante! Fica aqui em Miraflores (Av. Santa Cruz, 982 - tel. +51 221-7196), pertinho de casa, e é uma perdição!

O lugar é super bem decorado, e imediatamente você se sente em um bistrô francês! Só não é mais parecido porque aqui tem espaço! Inclusive nas mesas, que não se parecem com as mesas minúsculas dos bistrôs na França...rs... 

Mas além disso, é tudo muito lindo, decorado com cuidado, desde os móveis até a iluminação. A música é super agradável, o bar é muito bonito (decorado com caixas e caixas de vinhos e vinícolas famosas), e as fotos que decoram todas as paredes são incríveis!! Dá uma vontade doida de conhecer todos os cantinhos da França! Enfim... este é um daqueles restaurantes que a gente tem vontade de ir não apenas pelo cardápio, mas também pelo ambiente!





O cardápio é típico de bistrô/brasserie francês! Tem de tudo que você imaginar da culinária de lá... desde as saladas (de chèvre e niçoise, dentre outras), terrines e patês, passando pelos escargots, steak tartare (e de salmão, também), steak frites, magret de canard, confit de canard, até o esquisitíssimo andouillette (que eu não sei bem o que tá fazendo no cardápio, mas pelo visto, sendo um prato francês típico, eles incluíram...rs).




As sobremesas são as clássicas também - crème brullê, profiteroles, mousse au chocolat - mas eu, sinceramente, ainda não consegui chegar nelas... nas duas vezes em que fui ao restaurante, me fartei tanto nas refeições que não provei os docinhos... 

Dessa última vez que fomos - no sábado passado - o marido pediu um magret ao molho de laranja e mel (fez bonito!) e eu pedi uma salada de chèvre pequena e um steak tartar pequeno, como prato principal. Mas nós também saboreamos um delicioso patê de foie gras, e o couvert - que vem com uns pãezinhos deliciosos e irresistíveis! Então não dava mesmo para chegar na sobremesa! Rs... Antes que alguém atire a primeira pedra, a fome era negra, pois nosso almoço começou às quatro da tarde, embora nosso café da manhã tenha sido às sete da matina!! Fome de leão (mesmo!) combinada com um cardápio de dar água na boca... dá nisso mesmo: comilança!! Ah... e por esse mesmo motivo (muita fome) eu não tirei fotinho nenhuma dos pratos. Mas garanto que estavam lindos e deliciosos! Rs...

De toda forma, como as sobremesas ficaram de fora, estou pensando (seriamente) em ir lá um dia só para tomar um café e cair em tentação! Porque, sinceramente, com um cardápio daqueles vai ser difícil resistir às entradas e pratos, só para "se guardar" para as sobremesa!

Como um bom francês, eles também têm uma honesta carta de vinhos e espumantes - embora não seja super farta - e também servem em copas, o que pra mim é ótimo, considerando que meu cônjuge prefere la bière

O preço não o mantém entre os restaurantes mais em conta, mas ainda assim e muito mais em conta do que qualquer restaurante francês em São Paulo (e eu não estou falando do La Tambouille, tô falando desses que agora estão na moda, com inspiração em bistrôs, mesmo, e que cobram os olhos da cara! Rs...). Portanto, vale muito a pena!

Então, já sabe, quando vier à Lima (ou quiser indicar algum restô bacana pra um amigo que venha pra cá), pode indicar o Deli France (o Restaurante), sem medo de errar!

Beijos!
Tila.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Serviços do Peru - Bancos

Resolvi escrever mais um post sobre o tema dos serviço aqui no Peru. Nem tanto por ter sofrido com esse serviço, especificamente, nos últimos dias - na verdade faz um tempão que eu tô pra escrever esse post e nada... - mas mais porque eu passei um perrengue danado com o meu banco no Brasil, daí lembrei dos bancos daqui... enfim... a mente humana trabalha de forma indecifrável, de vez em quando!

Tenho uma amiga, que hoje mora em Quito, e descreveu muito bem como é a cidade que ela está morando: "é como se eu estivesse vivendo nos anos 80!"

Conceito e definição que vou tomar emprestados, pois se aplicam perfeitamente ao Peru. Aqui também é assim... muita gente se veste como se estivéssemos nos anos 80. Definitivamente, todo mundo se penteia como se estivéssemos nos anos 80 (nenhuma mulher aqui jamais ouviu falar de cabelos curtos... todo mundo adoooora cabelão! E os penteados, junto com os vestidos, "de festa"...). O trânsito é aquele inferno de total falta de respeito (ainda não começaram a colocar em prática o conceito da multa, por aqui). E os serviços... ah, os serviços... além do desconhecimento da máxima "o cliente tem sempre razão", a qualidade da prestação é algo somente comparável a alguns lugares bacanas que eu conheci em Brasília, berço da expressão "tem, mas acabou" e sua equivalente "tem, mas tá em falta".

E, embora eu tenha estagiado em Brasília - em matéria de serviços ineficientes - o que me fez melhorar um pouco em termos de expectativas (baixando-as vertiginosamente, depois de ter saído de São Paulo - sim, pois ali é, infelizmente, um outro planeta, comparado com algumas cidades do Brasil...), quando cheguei aqui e tive de encarar o sistema bancário dos anos 80... me bateu um certo desespero.

Os bancos aqui, pra começar, não permitem que você faça praticamente nada pela internet. Não dá para pagar suas contas, não dá pra transferir dinheiro, não dá pra fazer nada. E eu, que há mais de 10 anos não entrava em uma agência bancária para resolver nada da minha vida financeira (exceto por uma vez em que clonaram meu cartão e precisei resolver pessoalmente), quase tive uma síncope.

 Ou seja, teria de ir ao banco para fazer tudo! Fala sério! Eu tenho alergia a banco!!

Para piorar, os bancos aqui não têm sistema de compensação integrado. Sendo assim, se você tem de pagar sua conta de luz, ela só é aceita no banco X, no banco Y e na sede da companhia de luz. O mesmo com a conta de telefone, de celular, de gás... e por aí vai... Fácil, né? 


Ah... e é claro que nem todas as contas são "pagáveis" no mesmo banco... não é que tem um banco federal ou estadual que aceita todas as contas dos serviços básicos... não... é cada uma em um banco, mesmo!!! Ou seja, além de ter de ir ao banco, você tem de ficar pulando de banco em banco pra pagar suas contas! 

Claro que nesse esquema bizarro os bancos abrem de segunda à sexta, das nove às seis e aos sábados das nove à uma da tarde... também, só assim pra todo mundo conseguir fazer, a tempo, tudo que precisam fazer nas agências...

E a dificuldade que é para para pagar seu cartão de crédito? Sim... porque, além de não dar para fazer nada pela internet, e pela ausência do sistema (básico!) de compensação, não existe débito automático! Claro que não! Então, as contas do meu cartão de crédito do HSBC, não podem ser debitadas automaticamente da minha conta do HSBC. Incrível, não? Welcome back to the 80's!!!

O pior é que outro dia eu fui pagar o cartão, mas tínhamos perdido o extrato. Fui até a agência, e ainda perguntei pro marido se ele achava que eu ia poder pagar, afinal, o cartão está em nome dele, eu sou dependente... a resposta foi: "Meu, você tá indo PAGAR uma conta... não é possível que eles vão encrencar com isso, né?"

Será? Claro que não! Se você não estivesse abduzida nos anos 80!

Chegando lá eles queriam o numero do cartão. Mas, minha senhora - eu tentei argumentar - é o cartão que está vinculado à minha conta corrente! Essa aqui ó!

E ela: "Mas a senhora não é a titular do cartão."

Eu: "Não, mas sou titular da conta, que é conjunta com o titular do cartão E, mais importante, estou querendo pagar!"

Ela: "Ah... não... sem o número do cartão eu não posso fazer a transação, pois não consigo identificar o cartão no sistema, para puxar o extrato e saber o valor devido no mês. A senhora quer fazer um pagamento de uma quantia qualquer?"

Eu: "Claro que não! Eu quero pagar exatamente a quantia que estou devendo!"

Ela: "Ah... então só com o número do cartão."

Saquei o celular da bolsa, e quando estava discando pro Fred, pra perguntar qual era o tal do número:  "Senhora, não é permitido usar celular dentro da agência."

Sério.

Saio da agência, perco o lugar na fila - porque em banco onde o cliente tem de fazer TUDO na agência, costuma haver fila - consigo o número do cartão e só então, depois de enfrentar a fila novamente, consigo fazer o que deveria ser um simples pagamento de cartão de crédito!

Inacreditável, não é?

E todo o tempo eu pensava: se o HSBC tem sistema funcionando no Brasil, porque diachos ele não tem um sistema funcionando aqui também?! Nem que fosse só pra ter débito automático do cartão! Depois pensei em sugerir um acordo de cooperação entre Brasil e Peru na área de tecnologia bancária... mas, enfim... São coisas do Peru. 

E assim a gente vive por aqui... em 2012, mas em plenos anos 80!

Beijos,
Tila.

PS: meu banco no Brasil é o Santander... mas depois que deixou de ser Real/ABN Amro, e virou filial do espanhol, sinceramente, penso 20 vezes por mês se não seria melhor mudar para qualquer outra instituição... será que eles têm tantas saudades assim dos anos 80?! Eita servicinho porcaria!!